quarta-feira, 23 de maio de 2007

3.4 A terra dos quilombos


No ano de 1680, um fazendeiro chamado José Trancoso trouxe doze negros africanos para serem escravos e trabalharem na sua fazenda e em troca apanhavam muito. Desses escravos tinha uma mocinha chamada Zacimba Gaba. Ela era princesa da nação de Cabinda, onde hoje fica Angola, o senhor soube da história dessa princesa e proibiu sua saída da casa grande onde apor muitos anos e violentada constantemente, Zacimba, ao longo dos anos, passou a liderar um movimento de libertação, o senhor da fazenda por muito tempo foi sendo envenenado pelos negros e quando Trancoso morreu eles invadiram a casa matando todos, menos a família do senhor. Zacimba comandou a fuga até um lugar bem longe das vilas onde eles eram livres e muitos outros negros fugidos refugiavam no quilombo de Zacimba. No entanto Zacimba estava insatisfeita, pois havia muitos escravos sofrendo em fazendas e navios trazendo negros africanos; aí que teve a idéia de atacar a fonte de escravos que eram os navios negreiros e por muitos anos foi atacando navios e libertando milhares de escravos, mas Zacimba morreu invadindo um navio, cumprindo sua missão e seu ideal.
Em 1880, na fazenda Cachoeiro havia uma escrava chamada Constança. Certo dia a esposa do coronel ouviu o choro do bebê de Constança, ela odiava criança, pois achava que atrapalhava o serviço, foi por isso, em um desses choros do bebê da Constança, a senhora pegou o bebê e jogou dentro de uma fornalha, matando o menino, e Constança gritava falando que ia matar “a sinhá”. Houve uma rebelião e por isso a esposa do coronel foi morar fora da fazenda. Constança foi presa no tronco e apanhou muito, mas foi libertada por um grupo de negros que fugiram e passaram a lutar contra as injustiças da escravidão, lutaram para libertar os escravos e acabar com os capitães-do-mato. Por causa de uma emboscada Constança foi presa, mas depois foi libertada pelos seus companheiros.
Certa vez, à noite, perto do rio Cricaré, Constança e outros negros fugidos estavam preparando a comida quando das matas apareceu Zé Diabo, o capitão-do-mato e estava com um chicote e uma garrucha de dois tiros. Ele e Constança lutaram por muito tempo e os dois acabaram morrendo, ela com o tiro e ele com a garganta cortada. Como prometido, Constança foi enterrada no local, junto com o filho, na Fazenda Cachoeiro.

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